quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dear C


Never thought I'd miss you so much.
I don't know why, and please dont make me even think about it.

For what is worth, I know you'll be here again and hopefully... soon.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Produto Interno Bruto

Toda a gente diz que tenho de ser eu própria, que não tenho medo de ser quem sou… de mostrar o verdadeiro eu. Então e se eu achar que o “verdadeiro eu” está imperfeito? E se eu quiser ser mais e melhor do que aquilo que sou? Porque é que hei de ser menos daquilo que posso ser? Não faz sentido. Eu percebo a história do “be yourself” mas não sei bem porquê acaba por me soar tudo a muita “treta”, se uma pessoa tiver a paciência de analisar a fundo esta questão, penso que primeiro teríamos de conseguir responder a uma pergunta crucial: “quem é esse “verdadeiro eu” então? Se eu estiver a fingir a ser uma coisa que não sou… continuo a ser eu mesma que estou a fingir… logo, é também o meu verdadeiro eu… certo?
Parece um bocado confuso mas penso que faz sentido. Pelo menos enquanto escrevo, sinto que bate certo.
E se esse “real me” é uma pessoa com mau feitio e mesquinha que não se importa com o que é que os outros ficam a sentir… espero então que ninguém tenha a ideia de lhe dizer “be yourself”, riiiiiiiiiight? Não será melhor essa pessoa “mázinha”, de certa maneira criar uma máscara que esconda essa maneira de ser? Ou deverá continuar a mostrar o seu “verdadeiro eu”?... mesquinho e mal intencionado.
Penso que estou a desconstruir este tema talvez de uma maneira profunda demais mas se fosse para ser superficialmente falado, então acho que não estaria a dar novidade nenhuma a ninguém. Just sayin’.
E se eu for uma pessoa que tem perfeita noção que é, por exemplo, rígida demais na maneira como fala com as pessoas, “bruta” na sua forma de falar? Penso que iria tentar ser mais agradável, iria tentar manter um sorriso na cara e ainda tentar dizer aquilo que quer de uma maneira mais suave. Certo? Não seria melhor? Tanto para a própria pessoa como para as pessoas à sua volta? Tenho quase a certeza que sim.
Então?! E o “verdadeiro eu”? Estranho…
“I don’t care what people say”?! é outra que me faz rir.
Well, then you should!!!
Em primeiro acho que existem muito poucas pessoas que realmente não se importam com nada do que as pessoas dizem E usam isso num bom sentido. Como assim bom sentido?
Essas pessoas não se preocupam com nada PORQUE querem estar na “sua onda”, em paz com elas mesmas, não querem chatear e normalmente nem querem ser chateadas. Este para mim é o uso desta “filosofia” num bom sentido.

E como é que eu acho que as pessoas usam este lema num sentido que, a meu ver, é mau?
Simples, fazem o que lhes dá na cabeça (que dependendo da cabeça em questão e na frequência e situação em que fazem varia muito. Também com estas condicionantes podemos analisar se é bom ou não. Exemplo(bom): Quando vou sair a noite, de vez em quando, faço tudo o que me dá na cabeça.) Um exemplo mau é estar num jantar de família e por se em cima da mesa a cantar, por exemplo.
Se uma pessoa não se preocupa de facto com o que as pessoas dizem ou pensam, então provavelmente vai passar muitas vergonhas na vida, e não só.
Penso que há uma realidade de que as pessoas se têm vindo a esquecer. Tal esquecimento posso comprovar pela falta de noção que algumas pessoas conseguem ter. E tal realidade é: todos nós somos seres individuais MAS vivemos dentro de uma sociedade queiramos ou não.
(Podemos por aqui a questão das pessoas que passam as suas vidas sozinhas mas ainda assim, penso que (a não ser que viva numa selva por exemplo), vai ter de viver rodeado de pessoas.
é de facto uma realidade.
Durante muito tempo quis acreditar que seria possível ser um “bicho do mato”. Pode parecer estranho mas, mesmo quando estou completamente sozinha, sinto me acompanhada. É como se tivesse uma mini-pureza dentro de mim, como se a minha própria presença tivesse efeito em mim. É estranho e muitíssimo complicado para mim explicar tal sentimento mas, long story short, é mais ou menos isto.
Voltando ao assunto incial, queria acreditar que poderia viver sozinha no meio de multidões… enganei-me. Vai haver SEMPRE um dia que vou ter de conviver com alguém, pedir alguma coisa, dizer olá, adeus, obrigada, desculpe…
Sinceramente, eu penso que consegui realmente ser o bicho do mato que eu gostava tanto de ser… e agora, hoje em dia, acho que já não consigo volta atras. Eu sabia que fisicamente, em termos practicos eu nunca iria conseguir viver completamente sozinha.. mas mesmo sem estar a viver numa floresta, vivo sozinha.
Tenho família, tenho amigos, amigas..tenho tudo. Mas sim consegui, estou sozinha.
Nunca mostrei o meu verdadeiro eu a absolutamente ninguém. Nunca não digo, talvez já tenha mostrado em mais nova.. quando não tinha capacidades para ter noção de quem ou como era. Penso que a partir do momento em que comecei a ter capacidades intelectuais de reconhecer aquilo que faz de mim, ser eu.. nunca mais o voltei a ser.
Tenho pena dessa pessoa.. é uma pessoa que deixa as pessoas fazerem o que querem dela, uma pessoa que dá tudo sem esperar nada em troca, que não responde ao mais agressivo ataque de alguém.. que tenta manter a calma a todo o custo. Que inventa desculpas para as outras pessoas terem sido desagradáveis com ela. Submissa. Passiva. Triste. Manipuladora e calculista… sempre um passo a frente. Observadora demais, critica demais, sensível demais.
Então e agora estão me a dizer que eu deveria ser isto?
Onde é que estão as vantagens de ser uma pessoa assim? Ou será que sou eu que tenho uma prespectiva errada daquilo que eu sou?
Oh well.