sábado, 26 de maio de 2012

More love please!


I'm a love addict.
I love love.
Don't you just love love?
Love.
Even the word is beautiful.
Love.

Such a great drug to use.
Doesn't cost anything.
You don't even have to buy it,
since you have it in you,
you can use it.
Sometimes people even give it to you,
free.
Free, beautiful and free.

The hangover from this drug though,
is terrible I have to admit.
But still, the trip is awesome,
It's worth it.
It's gooooooood.

I love love,
don't you? :)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ginástica de Emoção Sincronizada


Eu faço o pino, dois mortais de costas e três cambalhotas por ti.
Em troca só peço que dês um passo.
"Só" um.

Frágil! Transportar e abrir com precaução



O meu coração,
frágil e pobrezinho coração,
já se partiu algumas vezes.

A primeira vez, tive de juntar peças grandes.
Partiu-se em 2 ou 3... nada de especial.

Comprei uma cola baratinha,
e a coisa aguentou-se bem.

Passado uns tempos partiu-se mais uma vez,
e outra,
e outra,
e outra.

E eu?
Eu fui comprando uma cola cada vez mais forte,
mais cara também.
Mas tinha de ser de boa qualidade,
agora que já se tinha partido tantas vezes,
já não se partia em dois ou 3...
mas em 20 ou 30 bocadinhos.
Dá mais trabalho.
Requer mais tempo.
E começa a partir-se com mais dificuldades.
Começa também a ter pontos fracos,
sendo que certa altura partia-se sempre de maneira parecida à anterior.

A cola já lhe começava a dar um aspecto feio,
robusto,
e sem grande harmonia de forma.

Mas lá se foi aguentando à bronca.
E já quando se ia a partir,
já tentava dar outra face.
Uma face que ainda não tivesse sido violentada.

Hoje em dia,
o meu coração tem cola,
fios,
nós,
pensos e também fita cola.

Já se parece um bocadinho com um trapo,
um trapo cheio de remendos,
mas até que nem está mal.
Continua a falar bem,
muito bem.
E nem sequer tem muito medo,
quase nenhum mesmo.
É forte o gajo.
E eu (modéstia aparte) fiz um bom trabalho de restauro.

Sim,
aguenta-se porreiro,
e mal se queixa.

Ainda assim...
Continua com os seus pontos fracos.
Pontos fracos tais que tenta protege-los o mais e melhor possível.

Mas às vezes,
mesmo ele sente necessidade de baixar os braços.
Cansa-se de estar sempre a defender-se,
e só lhe apetece relaxar.

E é aqui que o apanham,
Quando se encosta e respira fundo.

É então que penso que se levar um piparote,
por muito levezinho e até gentil que seja,
se for numa pecinha que nunca colou perfeitamente bem...
desmancha-se todo.
Toooodinho.

E eu não sou de restauração,
e nem sequer tenho uma loja de colas.
Tenho de as comprar.
E hoje em dia é caro,
muita caro.
Sendo que a qualidade tem de ser da melhor também,
e sendo que já se partiu em tantos bocadinhos...
é um trabalho no mínimo, árduo.

Então mas nunca ninguém o colou por ti?
Não.
Não colou.
Partiu e foi-se embora como que um miúdo que parte a jarra preferida da Mãe.

Eu não tenho mais forças para trabalho de restauro,
portanto caso se parta outra vez,
ou o colam por mim...
ou é melhor alguém limpar os bocadinhos do chão,
porque eu não tenho mais força.
Não tenho.

É como se dessem um puzzle de 1000 peças,
em que a imagem final seria um céu azul com nuvens brancas.

Já estou cansada só de pensar.

O Sal



O Sal.
O Sal começa a ser uma constante na minha vida.
Viciante Sal.
Maior parte das pessoas diz-me que ponho Sal a mais... eu tenho noção que sim,
mas a cada dia que passa meto mais um bocadinho.

Depois dizem-me que Sal faz mal à saúde.
Disseram-me que fazia reter os liquidos do nosso organismo.
Ta bém. Talvez.

Faz, faz mal à saúde é verdade.
Mas eu não quero acreditar porque com um bocadinho de sal, tudo acaba por me saber melhor.
Tãão melhor.

Tomo consciencia que de facto faz mal.
Pronto.
Faz mal, vou reduzir.
Não vou por tanto sal então.

E de repente começa tudo a ficar insonso.
Sem sabor.
Mole.
Uma seca.
Nem dá vontade.

E volto a por sal.
Á medida que me apetece.
Muito.
Muito muito.
Para sentir e sentir.
E sinto de facto.
E sabe bem.
E ganha tudo outro sabor,
mais uma vez.

Mas desta vez já tenho noção que me está a fazer mal.
Mas não faz mal.
Eu finjo acreditar que não faz mal,
mesmo sabendo que faz.
CARECA de saber que faz.

Mas o sal aparece-me na mesa,
mesmo sem eu ter de pedir.
E eu não resisto.
Não resisto.
Metem-me o sal a frente e eu vou ter de pôr.
É automático.

Mas faz mal!
Mas sabe bem!
MUITA bem.

E agora?

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Coração, temos de falar




Olá meu querido coração,
Acho que temos de falar.
Porquê esta guerra incessante com a cabeça?
Não achas que já chega?
Eu sei que não gostas de estar calado,
Sei também que és muito forte,
Mas por favor tem calma.
Podes opinar sem teres de impor aquilo que sentes
Não tens de gritar,
Eu oiço na mesma.
Estou um bocado cansada, ou até mesmo farta de ter de te ouvir sem poder responder-te.
Não é justo.
Passas uma vida inteira a desabafar, a sentir tudo aquilo que te apetece e eu que oiça.
Eu que aceite.
Não é justo.
Bem sei que tens de te expressar.
Bem sei que é mais forte que tu mesmo.
Mas então e a cabeça?
Qual é o grande problema de lhe dar o benefício da duvida de vez em quando?
Sinceramente, ela já te ganhou vezes sem conta,
Mas ainda assim vocês têm sempre de ter uma guerra primeiro.
E tu nunca, mas nunca das o braço a torcer.
Ou é como tu queres, ou não é de todo.
Acho que as vezes esqueceste-te que a cabeça tem uma grande vantagem sobre ti, é esperta.
E tu não.
És só um tolo sem qualquer senso de o que faz sentido ou não.
E ela aí ganha-te, aos pontos.
Porque é que simplesmente não chegam os dois a um consenso?
Bem sei que também ela te dá luta.
É forte também.
Muito forte.
E tal como disse… esperta. Muito esperta.
E às vezes nem te deixa abrir a boca ou fazer seja lá o que for.
Porque já sabe que uma vez decides entrar no processo de deliberação,
Já ninguém te para.
Tu és um descontrolado do pior.
Não tens nem peso nem medida.
Deixas a cabeça completamente K.O.
Sem qualquer tipo de argumento ou força para lutar contra ti.
Tanto que já chegou ao ponto de eu ter de entrar em cena e fazer com que vocês façam as pazes.
Ou também já houve casos, como bem sabes, que fui eu que tive de me afastar.
E eu não acho isso justo.
Vocês deviam de uma vez por todas ter uma conversa e respeitarem-se um ao outro.
Porque eu já estou a dar em maluca.
Desculpa.
Eu adoro-te.
És um órgão extraordinário,
Fizeste-me sentir de maneiras que achei nunca ser possível sentir,
Mas tens de ter noção que maior parte das vezes, e por seres burro, magoaste-me muito.
E se calhar, se nessas situações passasses a bola à cabeça, se tivesses essa humildade, acredito que corresse bem melhor para mim.
Tanto um como o outro deveriam estar a trabalhar para que eu estivesse o melhor possível.
Mas não, adoram andar ao estalo.
Tu coraçao, já conseguiste que eu fizesse quadros fantásticos,
Já fizeste com que dissesse adoro-tes muitíssimo bem ditos,
E oportunos.
Mas às vezes tens de perceber que não quero dizê-lo.
Tens de te conformar com a situação.
Se não perceberes porquê, pergunta à cabeça!
Ela com certeza (esperta como é) irá explicar-te lindamente bem.
Mas não.
És teimoso como tudo.
Ficas quase sempre por cima.
E por muito que ela seja esperta, tu não te aguentas.
TENS de bater mais rápido que o suposto,
TENS de ter sempre alguma coisa a dizer.
Que chatinho!
Eu já percebi que consegues proporcionar-me momentos fantásticos,
Já podes parar de tentar impressionar-me.
Já percebi que és muita forte.
Bom para ti!
Mas acalma-te lá um bocadinho sff!
Então quando estás triste… és do piorio.
Muito irritante.
E por muito que a cabeça te diga que não vale a pena ficares assim,
Tu insistes em dizer que te sentes mal.
No fundo o problema é meu.
Mimei-te demais,
Estou-te sempre a dar atenção,
Sempre a ouvir-te,
Sempre a reagir ao que tu sentes.
Não achas que podias estar 5 minutos calado?
5 minutos que fossem… não te aguentas?
É que eu já não te aguento.
Já te disse um milhão de vezes que não me apetece estar apaixonada,
Não me apetece sequer ter um fraquinho por alguém.
Dá muito trabalho! Será que não ves isso?
Será que não percebes que quando corre mal é horrível para mim?
Não achas que podias evitar este tipo de situações as vezes?
A cabeça passa a vida a dar-te bons conselhos, e tu tás nem aí.
Lá está, és burro de facto.
Não posso pedir muito de ti.
Mas pelo menos que não grites.
Não grites por favor.
Não é altura!
Acho que está na altura de teres uma conversa séria com a cabeça.
Ela só te quer ajudar.
E eu já estou exausta.
Já chega.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pureza





Porque é que sou obrigada a ter um fitro?
Porque é que não pode ser directo do meu coração?

Quase que me apetece fazer um corte no peito e deixar que saia tudo.
Directo.
Sem filtragem.
Nada.
Simplesmente ser.

Ser ao extremo.
Ser no seu melhor.
Ser porque sim.
Fazer porque quero.
E mandar-me de cabeça.

Mas depois...
Depois sou a Pureza a exagerada.
A Pureza que vive num filme.
A Pureza que sente demais, vive intensamente demais.
A Pureza que vive num poema real.
Tanto tanto tanto que nem sequer dá espaço para o outro reagir, ou sequer assimilar.

Estou acelerada demais para um mundo que se contenta com uma conformidade confortável.
Um mundo que tem medo de sair dos seus próprios limites.
Um mundo, em que as pessoas vivem em função da imagem que querem passar ao outro,
em vez de se preocuparem consigo mesmas.

Bem sei que parece uma realidade esquisita.
Mas eu não pedi para ser assim.


Afinal de contas chamo-me Pureza.