segunda-feira, 18 de junho de 2012

Olimpíadas de coração


Agora percebo.
Amor inter-relacional não é amor,
é um jogo,
uma competição.
Dois egos a lutar,
confundidos por um coração e suportados por uma cabeça.

Cada um luta por uma vitoria vitoriosa,
Por um coração cheio,
A transbordar de cheio.
Com sobras de lucro no âmbito de obter uma margem confortável.
Como que uma reserva de satisfação emocional,
Pronta para ser usada a qualquer altura,
Sem quaisquer remorsos.

É uma autêntica e completa competição.
Sai vitorioso aquele que joga com um coração calado,
Sai a perder aquele que puramente,
Apenas quer ser.

Porque não está atento às jogadas,
Porque não está preocupado em prever movimentos,
Porque não reage,
Apenas age.

Quem quer ganhar,
Tem de jogar.

Vá lá que eu não tenho mau perder.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Os sintomas das fadas do lar




Existem varios sintomas de empregadas (com todo o respeito).
São eles:

1. Quando estão a falar com alguém (falam muito e muito do que não interessa, normalmente falam de tudo menos do essencial) por muito que a conversa já pareça ter acabado, não. Viram costas e a conversa continua... mas entre a empregada, e a sua propria cabeça.

2. têm SEMPRE de se queixar de alguma coisa, e provavelmente estão com alguma doença. Sendo as mais habituais: fita, hipertensao, perguicite-aguda e têm por hábito desmaiar ou ter um "piripaque"... isto quando vêm divisoes da casa num estado enfim.. desarrumadinho.

3. Têm grande facilidade em chorar. Quem sabe algumas poderiam estar em Hollywood e não sabem.

4. O MAIS importante, é falar sempre com emoçao. E mesmo que digamos qualquer coisa como "a relva é verde"... tomam como um ataque pessoal. Poderam ter uma resposta do genero: É?! Ah mas a culpa não é minha! Oh menina a relva já estava assim lhe garanto!!

Neste momento não me estou a lembrar de mais nenhum sintoma, mas caso me lembre, vai aqui estar!

É tudo!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Flor de Lótus = Pureza





"A Flor de Lótus é uma figura mística, mas que muitas pessoas não entendem o seu significado. Com um toque de budismo, a Flor de Lótus envolve vários aspectos da vida. Entenda agora o seu significado. O caule cresce através da água e suas raízes ficam submersas à lama. Com os raios de sol, a flor desabrocha e cresce, se transformando em uma linda imagem.

O crescimento da Flor de Lótus significa o progresso da alma que mesmo vindo da lama materializa-se na primavera e acaba superando todas as dificuldades. Essa é uma das únicas flores que sobe tantos centímetros acima da superfície, sendo que ela é uma planta que vive na água, assim como muitas outras. Além disso, exiba uma linda beleza.

Buda sempre esta representado em um lótus florescente. Isso por que a crença diz que a flor de lótus fechada é como o coração do seres que só desabrocha depois que o sentimento de Buda os toca. Cada cor também tem um significado diferente. A cor mais comum é a branca.

A Lótus Branca significa pureza, perfeição em relação ao estado espiritual e mental do ser, no caso a flor. A cor proclama a sua perfeição na natureza, assim como sua cor, que em todos os sentidos já significa pureza. Para entender mais sobre o assunto, procure a religião Budista."

http://www.sempretops.com/curiosidades/flor-de-lotus-significado/

Fártêi.




Sayonara Baby

domingo, 3 de junho de 2012

Transparente


Sou transparente.
É um problema,
dentro da sociedade quadrada que vivemos,
é,
é um problema.

Mas não faz mal.
Eu e os problemas somos grandes amigos,
daqueles de infância.
No problemo.
Normel.

Sou transparente como?
Simples.

Tou triste - tou com uma cara triste e se tiver de cair uma lágrima ou outra,
ou um rio,
vai acontecer.
Tou feliz - tou com uma cara feliz, com um sorriso incontrolável, e os olhos "à chinês".
Se tiver de me por aos saltinhos e bater as palmas que nem uma foca contente,
também vai acontecer.
Tou chateada - provavelmente vão tropeçar nas trombas com que fico... até ao chão.
E vê-se, e bem.
Tou irritada ou num estado mais avançado, furiosa - provavelmente ouvem-me a uns bons metros de distância a testar limites das cordas vocais. Se estiver em silêncio... é grave. É um silêncio de quem está planear... É grave.
Mas vê-se.
A expressão facial fica praticamente sem expressão.
Ainda assim, esta ultima emoção é raro tê-la.
É preciso picar muito, muito muito.
Chateio-me com pouco.

Mas é assim que acontece,
não há cá plano B.
É translucido como agua.

Porquê?
Não sei.
Defeito de fabrico.
Veio assim.

Não sei disfarçar,
não sei fingir que a emoção não está lá.
Nem sequer sei como é que se faz.

Quantas vezes não quis rir, e ri.
Ri até me doer a barriga.

Quantas vezes não quis chorar,
e chorei.

Quantas vezes nao quis gritar,
e gritei.

Quem me dera saber como conter,
mas não sei.

E se é assim,
se calhar é assim que tem de ser.

Porque sim/não



Penso que a língua portuguesa pregou-nos mais uma partidinha.
Já falei, em posts anteriores, sobre as perguntas óbvias:

"Tás cá?" (e temos a pessoa que está a falar à nossa frente a olhar para nós)
"Tás a dormir?"

And so on.

E agora lembrei me de uma resposta que é muito habitual ouvir-se, e ainda assim, não é considerada resposta:

"Porque sim" ou "Porque não".
Em inglês, "Because".

E o que é que normalmente ouvimos depois de dizer qualquer uma destas hipóteses?

"Porque sim/não, NÂO É RESPOSTA."

E pronto.
É aqui onde discordo total e completamente - é é. É resposta é.

Talvez não seja é a resposta que gostávamos de ouvir.
Ou talvez a pessoa com que estamos a falar não seja inteligente ao ponto de perceber que se uma pessoa responde assim, deveria ser traduzido para qualquer coisa como:

"Não me apetece dizer a razão"
"Foda-se tá calado/a"
"Não tens nada a ver com isso"
Ou até mesmo,
"Vai pro caralho"... e fecha a porta quando saíres.

OU também pode ser levado num sentido literal e a pessoa estar a fazer ou a dizer alguma coisa MESMO só porque sim ou porque não.

Eu faço muita coisa por essas simples razões.
E nem acho assim tão estranho.

E então?
Não é uma resposta?
Eu acho que é.

A dualidade do ser



Ser artista,
nascer assim,
é lindo.
É um privilégio.

Nem toda a gente tem capacidades de se expressar,
seja numa tela,
num texto,
numa música,
numa dança,
num click de uma máquina fotográfica.

Quase toda a gente consegue de facto desenhar alguma coisa,
escrever alguma coisa,
cantar,
dançar,
clicar no botão de uma máquina fotográfica.

MAS,
expressar-se através disso...
nem todos.

Mas alguns sim!
Alguns nascem com esse Bichinho maravilhoso dentro do seu ser.

É de facto maravilhoso,
mas esse Bichinho artístico,
alimenta-se de arte,
respira arte,
vive arte.

É víciado,
como Bichinho artistico que é...
em arte.
E cresce,
cresce,
cresce dentro de uma pessoa até ficar maior que ela.

O meu,
está enorme.
Já há muito que me consumiu,
já há muito que é maior que eu.

Ter de lhe pôr travões,
é a mesma coisa que tirar alcool a um alcoolico...
horrível.

Mas às vezes tem de ser,
tenho de o travar.
Senão eu própria seria arte,
arte andante.

Até o sou.
Sou arte só por ser quem sou,
e fazer o que faço.

Mas caso não o travasse de vez em quando,
nem um 10 tirava na faculdade,
nem uma conversa normal saberia ter,
nem conviver saberia como.

Dos piores sentimentos (entre muitos) que um artista pode ter,
é querer expressar-se até ao não-limite,
até ao infinito...
e não poder.
E ter de descer à Terra,
e ser terráqueo.
É uma frustração terrivel.

Às vezes gostava de poder esquecer-me que vivo dentro de uma sociedade,
onde existem regras,
limites,
comportamentos aceitáveis e não-aceitáveis,
correctos e incorrectos,
estranhos e normais.

É uma dualidade constante.
Dualidade tal inevitável na vida de um artista,
que custa... dói.

Mas são sacrificios que se têm de fazer,
simplesmente para que possamos apenas ser.

sábado, 2 de junho de 2012

Such a lovable irony



At this point, I only feel like laughing my ass off!!

It's so ironic to see you running towards a pre-signed cliff,
'Cause I'd do exactly the same thing in your situation.
I would.
You know I would.

You're running, blindfolded, focused,
and nothing and no one is going to stop you.

Whatever they might say,
whatever they might show you,
you just keep running.
'Cause you want to see it for yourself,
you want to FEEL IT for yourself,
and I don't judge you for that,
'cause I'd do the same,
the exact same thing.

And here's the irony,
I'd do the same.
I'm just like you.
You're just like me.

We think the same,
we act the same,
we walk in the same dark,
we run in the same light,
just apart from each other.

Apart exactlly because we're so much alike.

Ironic isn't it?


So I can only wish you good luck,
'cause at the end of the day,
what I trully want,
is you to be just and only,
you. <3

Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou!


Pois é,
muito tempo tive eu na mina,
a ver se encontrava os diamantes que queria.

Encontrei.
Encontrei todos os diamantes que achava que ia encontrar,
e até os que achei não haver.

Foi trabalho do duro,
de manhã à noite,
e de dia para dia.

Saía de lá todos os dias com as mãos em sangue de tanto procurar,
de tanto escavacar na pedra.
Pedra dura e preta.

Mas orgulhosa,
sempre.
Acreditei mesmo nos dias em que já me parecia não haver mais nenhum diamante escondido.
Acreditei.
E encontrei.
Muitos.
Lindos e brilhantes.
Alguns deles ofuscavam-me de tanto brilho.
Fiquei cega por momentos,
várias vezes.
E adorei.
E queria estar.

MAS,
e há sempre um "mas",
encontrei um que me deixou intrigada.

Era puro,
brilhava tanto ou mais como todos os outros que já tinha encontrado.
Mas o brilho deste era diferente,
um brilho mais interior que exterior.
Era preciso olhar com uma lente de grande resolução para conseguir vê-lo brilhar.
Mas dava!
E brilhava...
E bem!

Mas depois...
Luz exterior?
Ui.
Sem lente, era para esquecer!

Quase que parecia que só brilhava para quem queria.
E até certo ponto, penso que escolheu bem as suas "vitimas"...
Até hoje.

Hoje escolheu brilhar para quem deveria precisar de não uma,
mas duas ou três lentes para ver o seu brilho.
Mais que isso,
por muito que o consiga ver,
duvido muito que algum dia consiga perceber,
o valioso que é aquele diamante.

Um diamante com personalidade,
com poder de decisão,
com poder de escolha.
Um diamante com vida própria.
Incrível.
Nunca tinha visto uma coisa assim.

Esta última vitima escolhida por ele,
acredito que nunca irá dar o devido valor a um diamante tão raro e diferente.

Mas é isso que ele quer,
Quer ver se a vitima é capaz de conseguir.
Quer ver até onde consegue chegar,
qual o valor que irá dar.

Quase como se se leiloasse a si mesmo,
mas fechando o negócio previamente.

Acho que está a perder tempo...
e brilho.
Perdeu brilho,
e vai continuar a perder.

Porque o poder não está só de quem mostra,
mas também,
nos olhos de quem vê.

Vou para casa agora,
já vi o diamante com olhos de ver,
adorei.
Cegou-me.
E com o seu brilho interior...
Cegou-se.
Está cego agora.

E agora, é o meu agora.

Já fiz o que tinha a fazer.
Minhas mãos sangram,
por entre crostas e feridas abertas.
E por isso tenho de deixar este trabalho,
preciso das minhas mãos para outros trabalhos,
para outras minas,
para outras descobertas.

Boa descoberta esta.
Nunca vou esquecer.
Este diamante que um dia,
deixou de ser.