sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arte. Pintura. Arte.


Pintura:
Numa única palavra diria liberdade.
Tal palavra que caracteriza não só esta vertente de representação mas também e primeiramente, a arte.
É livre.
Não tem limites.
Para mim, arte deve ser entendida como uma forma de expressão, de dentro para fora.
Não gosto de pensar na arte como um processo racional, mas sim emocional. Intuitivo. De impulso.
Desenhar… Pintar… tem todo um processo em que mil opções aparecem e escolhas têm de ser feitas… ou não.
Um suporte. Um pincel, uma espátula. Dedos, mãos, lápis, canetas… paus… ou nada. Tinta apenas.
É a expressão do infinito no seu melhor.
É o reagir de uma tinta emergida noutra.
É o encontro dela com uma superfície.
Manipulam-se cores. Inventam-se formas, descobrem-se perspectivas… criam-se dimensões.
O vasto leque de escolhas que um artista tem é desafiante… no mínimo. Frustrante. Impressionante.
A escolha deve ser feita com o equilíbrio perfeito entre o planeado e o repentino. O pensado e o explosivo.
As tintas devem ser os fluidos de que somos compostos. Tão orgânico e vital como isso.
Um artista é um mágico sem truques.
É magia pura, quando honesta e cheia… a pintura.
Não há regras.
Não pode estar errada.
Não há certo ou errado. Há apenas um mundo a ser explorado. O que consideramos ser erro, pode ter sido um tiro certeiro. Perspectiva. Honestidade, sentimentos, pensamentos, uma história, uma experiencia… uma paixão.
Não há propósito.
O único que pode haver é o caminho. Não uma meta. Não um fim… um caminho.
Se a arte for feita puramente, o resultado é indiferente. O resultado importante é sentir um pós-desabafo. Uma filtragem do interior, sem filtro.
Arte feia, arte bonita… não existe.
Pintura estragada, pintura falhada… é arte amada por um artista apaixonado.
Para alguns apenas entretenimento, passatempo.
Para outros, vida ou morte.
Para muitos… Paixão. Vida.