domingo, 2 de dezembro de 2018
Adaptação Desenquadrada
Estou farta de gente sem graça
De desgraça
E de tempo que não passa
Peão do tempo
Insectos mecânicos
A enfiar a vida de viver
Em intervalos do tem que ser
Tudo fodido sem foder
Tudo armado sem ser
Tudo com pressa para chegar ao nada
Para recarregar o que é na realidade alienada
Encontramo nos onde dá
No entretanto do obrigatório
Com tudo o que temos de notório
Estamos com tudo menos com o que está
Que seca do cacete
Estes medos de se ser
Esta facilidade do parecer
É aparente verdade
Que temos de ser pra não morrer
Que valente seca
Esta merda de andarmos todos a medir forças
Quando somos todos igualmente fracos
A saber dos factos
Ainda nos damos ao luxo
De nos perdermos em embaraços
De nos alimentarmos de estardalhaços
Para nos sentirmos cheios
Do vazio que nos deixaram os palhaços
É triste isto
E eu desculpo o meu francês
Porque sou uma vida de porquês
Que nunca se contentou com os talvez
Que os usa como arremeço
Mas sem aceitar o preço
Assim é.
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
Nunca Não Eu
Nunca sou eu
Por mais eu que seja
Talvez por tão eu que sou
Nunca sou eu
Sou caminho
Sou viagem
Sou carinho
Mas não paragem
Fico pra último
Como primeira escolha
E fica meu íntimo
Só nesta folha
Nunca sou eu
Nem serei a pessoa
Mas serei sempre eu
Por mais que me doa
terça-feira, 4 de setembro de 2018
Ter Sem Ver
Este escrevo já de folha molhada
Nem rima nem nada:
Sou uma flor,
Que todos arrancam
Mas ninguém cuida.
sábado, 25 de agosto de 2018
Verdade o Cacete
Durante anos eu achei que era diferente.
Mas não sou.
Eu apenas sou o que sou e mostro-me como tal, e isso, é diferente.
Ou pelo menos, a abordagem de ser ser humano, é diferente.
Ninguém vai jantar, chega à cama, lê um livro, pousa o livro, mete os óculos de ver na mesinha de cabeceira,
que está perfeitamente arrumada e tem uma florzinha viva e radiante em água fresca e um despertador amoroso,
que quando acordam, metem a mão por cima com um ar ensonado e depois se espreguiçam que nem um cão feliz, radiantes,
com o dia fantástico, todo planeado, ou pior (melhor), inesperado, que vão ter.
Isso não é verdade.
Não acontece.
Acontece que a pessoa,
Janta, vai pra cama
E pensa na merda de vida que tem.
E pensa no que gostava de melhorar
(Que é tudo estúpidamente utópico)
No namorado que não tem
Ou no que tem mas que não sabe bem se gosta de nós
Ou na merda de relação que tem com um membro da família, ou toda
Ou na falta de dinheiro que tem e o que é que podia fazer para ter mais
Ou que amanhã vai começar uma dieta nova ou inscrever-se num ginásio
E depois são 5 da manhã
E é uma merda de uma insónia
E não têm a que se abraçar senão uma almofada
Isto é que é verdade
E as pessoas acham isto feio
Como qualquer verdade
Eu acho isto lindo
Porque é verdade.
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
sábado, 18 de agosto de 2018
There You Go
He doesn't love you
You silly girl
He doesn't love you
You're not his world
So you thought you were in control
Just having fun and feeding your soul
So you thought you were in control
You silly girl
The love you give
It won't be returned
He's a heart's thief
And you'll get burned
How did it get to this
Such miserable bliss
How does he get your heart racing
With just one kiss?
He doesn't love you
You're not his world
He doesn't love you
You silly girl
Deste amor espero nada
Senão o próprio
Não o tenho
Requer engenho
É a paz que me atormenta
Tanto que me traz
Que vale a pena
Gosto assim num simples estar
Gosto assim sem ter de ficar
Deste amor tenho nada
Senão a estrada
Não o espero
Vive do quero
É a inquietação que me acalma
Tão pouco me prende
Que me enche a alma
Obrigada digo eu
Por tudo e nada
Obrigada digo eu
Por me sentir amada
sábado, 11 de agosto de 2018
Digo Nunca
É por minha opção
Ainda que sem noção
Que não vou ser de alguém
E recuso-me a admitir
Que não acho bem
Não acho bem
Sou nova
E tanto ainda que vem
Mas infelizmente sei
Ontem acordei a chorar
E hoje adormeço sem sonhar
Não acho bem
E aqui admito
Não se é de outrém
Mas faz falta o mito
segunda-feira, 23 de julho de 2018
Smart and Smarter
A brilliant mind rewarded
And a silent heart defeated
Does not make a sound
Not a single beep
Then again, the mind is thriving in chaos
It conquers the weakened heart
It's a shallow celebration
But easily deceives the poor guy
Briefly. It does.
In matters of the heart
Even an empty one
Specially an empty one
Is heavy
It's a stone. Hard and heavy.
Petrified, with no chances of growing
Only if it melted
It would have to be a absolutely megalomonous shocking heat wave
Like, almost setting it on fire
And so, the brilliant mind celebrates
The successful scheme
Which defeated the dumb and gullible heart
Then, right after the party
Realizes some cleaning has to be done
Oh but no one wants to do that
Such marvellous talent wasted on cleaning itself up?
No way.
Heart jumps in.
Says he can help.
Mr. Brains couldn't give a damn about it
Tells the sensitive one to mind his own business. (So smart. Puns and everything.)
Convinces the dummie that it's safer not to put emotions on anything. Not even people. Specially people!
The poor one is already silent for so long, he just chooses to believe.
He's sad. He is. And he'll remain sad.
But what can the hopeless romantic do, when the smartass is on charge?
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Morrer a dar
Já não espero integridade
Nem verdade
Tampouco bondade
Efêmera intimidade
Criança de idade
Morre cedo
Lev'avontade
Já não espero
Nem quero esperar
Por sonhos que faço
Que teimam em acabar
Quem posso culpar
Quem não me acompanha
Na utopia do amar
Ou quem me deixa
Deixando-me sonhar?
domingo, 8 de julho de 2018
sábado, 30 de junho de 2018
Perfect humans & Fallible machines
Machines
Oh wonderful creatures
We can trust them with our eyes closed
We know it's going to work
And if it doesn't
We either fix it
Or buy a new one
No one gets hurt
The machine doesn't feel it
And we just need it to work
Well, It's not intirely true
Someone might get hurt
Not the machine, no
But the user...
You know, the human being
The creature with feelings and whatnot
Oh, don't we get hurt!
Frustrated!
It just didn't do as promised!
The tragedy!
The thing is
Machines and human beings are not the same species
They're not.
Some humans might -seem- like they're machines
That's right.
They function on a very low maintenance
On an automatic mode
And don't address their feelings
'Cause if they do
They might just stop working all together
But the feelings they choose to ignore
They're there.
And even if it seems they're not
For the sake of being able to function
It's humans we're talking about,
So, they're there.
People forget
They take as granted that everyone is set to work efficiently
We think we can trust what they're set to do
With our eyes closed
We hope they'll work perfectly
And if they don't
We either try to fix it
Or find a new one
It seems like we have a lot in common,
Doesn't it?
But people are people
Machines are machines
And if we start seeing people as machines
We will get disappointed
'Cause if even machines do fail
Then, it's certain that, as flawless as a person can be
They might and they will probably fail.
So, how can people still get amazed
When someone doesn't do their job perfectly
Should we blame the person, who is not a machine
Or should we blame ourselves,
For the unrealistic expectations
That we want so badly to match reality?
segunda-feira, 25 de junho de 2018
Castração Livre
A liberdade irrita-me.
É demais.
Há demais.
Pode-se demais.
Prefiro ser restringida
E quebrar o que está imposto
É um ponto de partida
Pra desafiar o suposto
Sem regras não há liberdade
Disseram-me uma vez
Eu não vejo regras na humanidade
Tampouco repostas aos porquês
Liberdade por si só
Como tudo o que é aliciante
É enganadora
Parece que a felicidade garante
É encantadora
Mas é apenas isso
Um encanto
Nem mesmo um santo
Se safa do espanto
De que é uma ilusão
Tanto o sim como o não
Condenados à liberdade estamos
Por mais ou menos regras que sigamos
Oh que gigantes
Nós formigas gritantes
Que não passamos do Universo
Meros bonequinhos em estantes
Surpreende-me quem se acha livre
Como eu me acho a mim
E odeio a liberdade
Mentirosa de verdade
Que me deixa sem vontade
Sequer de escrever assim
terça-feira, 12 de junho de 2018
Beam me down
Vivo o sonhado como algo real
E o preço da desilusão
É uma mera recordação
Que mais tarde dirá
Que é melhor não
domingo, 25 de fevereiro de 2018
O insólito apelo mundano
Nunca pensei dizer isto
Mas o sonho só me enche o olho
Nunca pensei apelar pelo real
Mas este amor, infelizmente,
Resume-se ao surreal
E finalmente penso,
Talvez não seja o ideal
Estranho ser eu a dizê-lo
Que me habituei ao flagêlo
Mas o hábito não me serve
Só fica bem enquanto ferve
Não vou ser eu a desistir
Enquanto insistires em existir
Gosto demais de te amar
Mesmo sabendo que me vais deixar
Em má verdade,
Deixada estou
Mas não me impede de sentir
E acabada já, na mesma vou.
Sei que vai acabar,
Mas nem assim,
Não vou deixar de dar
Assim me despeço
Ainda que cá
Não te feches, é o que te peço
Pois em boa verdade,
É o amor que há.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Se eu gostar de mim, quem morrerá?
Se dizemos, quando gostamos muito muito de alguém, que daríamos a vida, que morreriamos por essa pessoa
E se se acredita que temos tal coisa como 'amor próprio', então não deveríamos também dizer, que morreriamos por nós mesmos?
Eu morreria por mim.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
sábado, 6 de janeiro de 2018
Hi Soul
Oh dear
How much I've been missing you
How's it going?
(I'll listen just to hear you. Just to see you. Just to feel you.
I'm not actually listening, although I am 'cause actually it amuses me to see what comes out of you.)
Just forgot about the world for a second here.
Gonna get lost again
Shall we?
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