quarta-feira, 22 de abril de 2020
Still
Quão mais parada estou
Mais me sinto
Quão mais me sinto
Menos me quero sentir
Tento fugir
Mas não há por onde
Tento reagir
Mas não há ponte
Tento filtrar
Mas temo não dar
Desisto antes de ver
E fico a dever
Já me devo o que não criei
Já me devo
Tudo o que não sei
Quão mais parada estou
Mais pra dentro vou
Quão mais pra dentro estou
Já nem sei o que dou
A mim, sossego não é
Frustração, também não
Um certo desespero
Que não esperava tê-lo
Uma paralisia do corpo
E o interior todo torto
Não quero vasculhar mais
Mas também não
Coisas banais
Falta viver
Sem pensar em sobreviver
Falta-me ser
Sem ter onde me perder
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Gosto muito... Tb porque me revejo, lá está! 🙏😊
Querida Carmo, muito obrigada :) <3
Bom, há muito que não via uma tomada numa fotografia.
Se a vida não me corre
eu corro atrás da vida
de tanto correr fico exausto
tal é a fadiga.
Sou um pequeno rimador
Que tenta rimar em verso
Às vezes erro a rima
A coisa fica sem nexo!
Boa noite.
Será que está tudo bem?
Enviar um comentário