quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Bandido




É o melhor inimigo do amor,
e um sacana do pior.
É ácido destrutivo,
tem efeito corrosivo.
Mata lentamente,
ou rápido e de frente.

Vencê-lo depende.
Do quê,
Porquê,
De quem?
Ninguém vê.

Um tremer de pernas,
Um nervoso adulto,
Uma passividade fingida,
E um extrovertido oculto.

Esconde-se num sorriso,
Sem expressão, sem emoção,
Mas com razão e falso então?

Não.
É inquilino permanente,
Fala quando quer,
Cala-se quando der,
e alimenta-se de quem quiser.

E de quem deixar!
E de quem amar!

Passeia de mãos dadas
com os melhores sentimentos,
Destrói contos de fadas
E desfaz bons momentos.

Sente-se.
Histeria que arrepia.
Paralisa, atrapalha, irrita, frita, excita,
Impede, limita.
Mas sente-se!

Poderosa adernalina,
Viciante expectativa,
Um pé no abismo,
Outro no conformismo.

E o meio-termo,
Esse budhista irritante,
Primo do ameno,
Uma seca arrepiante!

No sistema integram-se,
Confundem-se,
Fundem-se,
Dissolvem-se e
Somem-se.

Será o confortavel,
tao mais apetecivel que o instavel?