terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Estou sem ficar


Eu não estou cá
Apenas tive antes de me reconhecer

Desde aí que saí
E não vou voltar
Parece que sou
Mas apenas estou

De visita não passa
E assim vai acabar
Nada em mim escassa
Pois nada é de ficar

Volátil sem vida de ter
Estanque no que nunca vou ser
Não me concretizo
Nem me valorizo
Revejo-me na insignificância
Da passageira minha instância

Irremediavelmente intocável
Dou a mão
Parece estável
Mas é de raspão

Não é por capricho
Nem com outra intenção
É o amor que sei dar
Consciente em vão

2 comentários:

Planetas - Bruno disse...

clap clap clap....
Parabéns, temos poeta com potencial.

عيسى عبدالرحمن disse...

Parabens, muito ligao 😄