domingo, 3 de junho de 2012

Porque sim/não



Penso que a língua portuguesa pregou-nos mais uma partidinha.
Já falei, em posts anteriores, sobre as perguntas óbvias:

"Tás cá?" (e temos a pessoa que está a falar à nossa frente a olhar para nós)
"Tás a dormir?"

And so on.

E agora lembrei me de uma resposta que é muito habitual ouvir-se, e ainda assim, não é considerada resposta:

"Porque sim" ou "Porque não".
Em inglês, "Because".

E o que é que normalmente ouvimos depois de dizer qualquer uma destas hipóteses?

"Porque sim/não, NÂO É RESPOSTA."

E pronto.
É aqui onde discordo total e completamente - é é. É resposta é.

Talvez não seja é a resposta que gostávamos de ouvir.
Ou talvez a pessoa com que estamos a falar não seja inteligente ao ponto de perceber que se uma pessoa responde assim, deveria ser traduzido para qualquer coisa como:

"Não me apetece dizer a razão"
"Foda-se tá calado/a"
"Não tens nada a ver com isso"
Ou até mesmo,
"Vai pro caralho"... e fecha a porta quando saíres.

OU também pode ser levado num sentido literal e a pessoa estar a fazer ou a dizer alguma coisa MESMO só porque sim ou porque não.

Eu faço muita coisa por essas simples razões.
E nem acho assim tão estranho.

E então?
Não é uma resposta?
Eu acho que é.

1 comentário:

Anónimo disse...

genial =)